O Seminário “A Mulher na Música”, iniciativa empreendida pelo Sindicato dos Músicos do Rio, discutiu de 20 a 22 de novembro o papel da mulher na música e traçou estratégias que auxiliem na melhoria das condições de trabalho das musicistas. Durante o evento, as musicistas reclamaram que o meio musical ainda é preconceituoso.
- Quando as pessoas descobrem que uma banda é composta só por mulheres todos se espantam. Só que a mesma lógica não se aplica quando é uma banda só de homens, afirmou Luciana Requião, diretora do Sindicato dos Músicos e membro da banda, Orquestra Lunar, composta só por mulheres.
O seminário lembrou também a importância de Chiquinha Gonzaga para música e elegeu a maestrina como ícone do encontro.
- Ela fugiu de casa e tinha que arrumar dinheiro. Tocar piano era a única coisa que sabia fazer. Foi assim que Chiquinha quebrou barreiras. Antes, a mulher só executava peças dentro do ambiente doméstico. Chiquinha passa a fazer isso na rua e a tocar em troca de pagamento. Ela foi a primeira mulher a tirar o sustento da música profissionalmente, compondo cerca de duas mil canções e 77 partituras para peças teatrais, explicou Edinha Diniz, autora do livro Chiquinha Gonzaga: uma História de Vida.
No dia 22, cerca de cem pessoas lotaram o Lapa Café ao som de muito samba e música popular comandados pela Orquestra Lunar. O evento fechou o calendário de eventos do Seminário “A Mulher na Música” e comemorou o Dia do Músico, além de prestar a homenagem aos sócios remidos.
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