E para Jadir não faltam histórias embaladas a muito batuque. Em 1956 contracenou com Brigitte Bardot no filme “E Deus criou a mulher”. O músico aparece na cena de abertura tocando bongô ao lado da atriz que surge dançando. Também se apresentou no Palácio de Buckingham, tocando com a Brasiliana Ballet durante a coroação da rainha Elizabeth, além de ter sido professor de coordenação rítmica motora (método criado por ele) da Coroa Espanhola.
Mas o interesse de Jadir era mesmo inovar. Ele sempre procurou diversas formas de expressão rítmicas e chegou até a compor usando sons onomatopaicos. Foi o inventor de batidas como o Samba Cruzado, o Samba Batucada, o Baião com Bateria e o Jazz Forró. Criou instrumentos de percussão como o tumbombales – tumbadora disposta na vertical e tocada com um pedal duplo fabricado e patenteado por ele (pedal gêmeo). Com o toque sincronizado dos pedais era possível dar maior ênfase aos sons, em especial ao samba, jazz, e músicas latinas. O músico inventou também o katriburim, mistura de bongô e tamborim.
- É bom saber que nestes tempos onde os jovens levam o mundo nos seus Ipods ainda existe o desejo de consumir nossas origens, de conhecer e render homenagens aos nossos precursores: uma gente que lutou muito pela música e que abriu caminho para sermos o que somos hoje em dia, afirmou um dos representantes do SindMusi, Alexandre Figueiredo.
O livro está à venda no SindMusi, na Rua Álvaro Alvim, 24 sala 405 – Cinelândia. Outras informações ligue para 2532-1219.