sábado, 6 de fevereiro de 2010

A batucada que pegou

O percussionista Jadir de Castro lança o livro “Ciências Rítmicas e Memórias”.


Inquietação. Essa palavra descreve a trajetória do músico conhecido como o “gênio da batucada", que acaba de lançar o livro “Ciencias rítimicas e memórias”. A obra conta a trajetória de Jadir de Castro, que começou a atuar em orquestras de rádio como profissional aos 14 anos. O lançamento oficial do livro aconteceu no dia 13 de janeiro, no Auditório da Rádio Nacional sob a batuta do maestro Darcy da Cruz. O livro mescla momentos marcantes da carreira do percussionista com partituras onde o instrumentista explica como explorar melhor os sons percussivos.

E para Jadir não faltam histórias embaladas a muito batuque. Em 1956 contracenou com Brigitte Bardot no filme “E Deus criou a mulher”. O músico aparece na cena de abertura tocando bongô ao lado da atriz que surge dançando. Também se apresentou no Palácio de Buckingham, tocando com a Brasiliana Ballet durante a coroação da rainha Elizabeth, além de ter sido professor de coordenação rítmica motora (método criado por ele) da Coroa Espanhola.

Mas o interesse de Jadir era mesmo inovar. Ele sempre procurou diversas formas de expressão rítmicas e chegou até a compor usando sons onomatopaicos. Foi o inventor de batidas como o Samba Cruzado, o Samba Batucada, o Baião com Bateria e o Jazz Forró. Criou instrumentos de percussão como o tumbombales – tumbadora disposta na vertical e tocada com um pedal duplo fabricado e patenteado por ele (pedal gêmeo). Com o toque sincronizado dos pedais era possível dar maior ênfase aos sons, em especial ao samba, jazz, e músicas latinas. O músico inventou também o katriburim, mistura de bongô e tamborim.

- É bom saber que nestes tempos onde os jovens levam o mundo nos seus Ipods ainda existe o desejo de consumir nossas origens, de conhecer e render homenagens aos nossos precursores: uma gente que lutou muito pela música e que abriu caminho para sermos o que somos hoje em dia, afirmou um dos representantes do SindMusi, Alexandre Figueiredo.

Apesar de ter morado grande parte da vida na Europa, lançou 14 discos no Brasil, teve um programa na TV Excelsior e participou de mais de mil gravações.

O livro está à venda no SindMusi, na Rua Álvaro Alvim, 24 sala 405 – Cinelândia. Outras informações ligue para 2532-1219.











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