quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Cartões de Natal Artísticos

Já chegaram os cartões de natal “Pintores com a Boca e os Pés”.

Não se trata de uma associação beneficente, mas sim uma sociedade de membros importantes. Todos os seus integrantes aprenderam a desenhar e pintar sustentando o pincel com a boca ou com os dedos dos pés, por terem perdido o uso das mãos. Os quadros dos Pintores com a Boca e os Pés estiveram expostos no Brasil e por todo mundo.

Para conhecer o trabalho do grupo e os modelos de cartões acesse: www.apbp.com.br

Como Comprar:

Pintores com a boca e os pés Ltda.
Banco do Brasil
Agência: 0722-6
Conta: 17337-1
CNPJ: 01.449.274/0001-25


IMPORTANTE: No caso de pagamentos através de depósitos bancários, pedimos a gentileza de nos enviar o comprovante do depósito junto com o seu nome e endereço completos (ou código de cliente), via fax (11) 5051-0797, ou correio, para que possamos dar baixa do seu pagamento em nosso sistema.

Preços Coleção Natal

Até 12 cartões: R$ 3,55 /cada

Até 25 cartões: R$ 3,00 / cada

Até 50 cartões:R$ 2,50 / cada

Adornos para Presente: R$ 3,75 / cada

Valor do Kit Azul: R$ 39,50
06 cartões de Natal
06 envelopes
Tag para Presente
01 calendário

Valor do Kit Vermelho: R$ 25,00
06 cartões de Natal
06 envelopes
Tag para Presente

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A riqueza e a "Civilidade"

Por João Bani*

Hoje as tvs exibem, além da festa do clube campeão e dos que se salvaram, imagens de violência descontrolada que mostram que educação e civilidade nada tem a ver com classe social ou indices de qualidade de vida.

Em Curitiba, uma das cidades de IDH (Indice de desenvolvimento humano) mais elevados do País, o vandalismo e a barbárie tomaram conta do Couto Pereira, na insatisfação de torcedores paranaenses pela queda do "Coxa".

No Rio, enquanto bairros humildes da zona norte e do subúrbio comemoraram o título do Flamengo na paz, um dos bairros de IDH e renda per capita mais altos do Rio e do Brasil, o Leblon, virou praça de guerra de filhinhos de papai marombados e praticantes de artes marciais, torcedores do mesmo clube que venceu o brasileiro. Imagine se tivesse perdido.

Quando a gente vê uma menina como a Cristal tocando piano absurdamente bem surgir de uma favela do Recife. Ou vê um Presidente da República oriundo do Sertão e do operariado ,preconceituosamente chamado de "analfabeto" ou "ignorante" por alguns se tornar líder internacional respeitado e ouvido, com um governo de indices de aprovação elevadíssimos e resultados sociais nunca obtidos antes..Quando eu vejo uma menina como a Mayra, 17 anos e líder na Favela da Vila Cruzeiro na luta contra as desigualdades, a quem muito orgulhosamente dou simples aulas de percussão, ser eleita Nobel da Paz Mirim e receber reverencias do Bispo Tutu, além ser considerada uma das 100 personalidade do ano pela revista Época...Quando vejo o Adriano, também da Vila Cruzeiro, desafiar os "cretinos fundamentais" e os "óbvios ululantes" (obrigado, Nelson Rodrigues) do pensamento raso monetário de que foi louco por trocar a infelicidade ultra remunerada na Europa pela felicidade de estar perto de casa e das coisas simples da vida...

A gente percebe que o querer é maior que o "Poder". Porque o querer que luta tudo pode, e com o sacrifício faz muito melhor.

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João Bani é Percussionista e Diretor Social do SindMusi-RJ
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MinC e Petrobras lançam editais e projetos

Por Carina Teixeira

Em sua 3ª edição, a iniciativa tem o intuito de apoiar financeiramente projetos de difusão do conhecimento arqueológico, em nível nacional, com foco na democratização do conhecimento científico no campo do patrimônio arqueológico, voltado principalmente para sua apropriação por populações locais e regionais. O Programa é realizado, em parceria, pelo Centro Nacional de Arqueologia do Iphan/MinC e pela Sociedade de Arqueologia Brasileira.

O Ministério da Cultura e a Petrobras lançaram na tarde desta quinta-feira, 3 de dezembro, no Rio de Janeiro, a nova edição das Ações Petrobras/MinC. A parceria, iniciada em 2003, disponibilizará um total de R$ 29,3 milhões em dez editais e cinco projetos nos mais diversos segmentos e setores artístico-culturais.

Em breve, os regulamentos das seleções públicas estarão no site do Ministério da Cultura. Confira, abaixo, o resumo das iniciativas:

• Prêmio Culturas Indígenas – Investimento: R$ 2.300.000,00

A terceira edição do Prêmio Culturas Indígenas será lançada em 2010, em homenagem a Marçal Tupã-í, liderança guarani assassinada, em 1983, no Mato Grosso do Sul. Serão investidos mais de R$ 2 milhões em ações de valorização da cultura dos povos indígenas. Cada projeto selecionado receberá R$ 20 mil para contribuir na continuidade das tradições e na manutenção das identidades culturais. A primeira edição, em homenagem a Angelo Cretã, foi realizada em 2006 e premiou 82 projetos, envolvendo cerca de 50 mil indígenas. Em 2007, a edição Xicão Xucuru, dobrou o número de beneficiados e concedeu o prêmio a 102 iniciativas, atingindo mais de 100 mil pessoas. As duas edições juntas, realizadas pela Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do MinC, abrangeram 15% da população indígena brasileira.

• Conexão Artes Visuais – Investimento: R$ 1.996.660,00

Trata-se de um programa de estímulo à produção artística e à reflexão sobre as artes visuais no Brasil, realizado pela Funarte/MinC. Os proponentes podem inscrever os projetos no formato de sua preferência, possibilitando a expressão de múltiplas tendências artísticas do país. Na sua segunda edição, o edital contemplará 30 projetos voltados para a realização de festivais, salões de arte, mostras, palestras, seminários, performances, mapeamentos, debates, oficinas artísticas, exposições, dentre outros. Na edição anterior, as 35 propostas selecionadas proporcionaram 360 ações gratuitas. Estima-se que cerca de 80 mil pessoas foram diretamente atingidas, em 42 cidades brasileiras. Cada projeto recebeu R$ 59,2 mil para promover atividades de formação de público e geração de renda, percorrendo diferentes regiões e incentivando o intercâmbio de artistas, críticos, produtores e outros profissionais das artes visuais.

• Prêmio Cultura Viva – Investimento: R$ 2.500.000,00

A iniciativa pretende mobilizar, reconhecer e dar visibilidade à diversidade de iniciativas culturais. A terceira edição do Prêmio selecionará 12 iniciativas relacionadas ao tema Cultura e Comunicação. Os 120 semifinalistas também receberão um selo de reconhecimento da ação (Selo Prêmio Cultura Viva). Na primeira edição (2005/2006), mais de 1.500 inscrições de 500 municípios brasileiros foram analisadas; nove foram premiadas nas categorias gestão pública, manifestação tradicional e tecnologia sociocultural. Em 2007, a segunda edição contou com mais de 2 mil inscrições de 874 municípios e premiou 21 ações. A partir de 2008, o Prêmio Cultura Viva promoveu encontros presenciais e à distância para continuar a formação dos grupos. Participam do projeto de capacitação representantes das 100 iniciativas semifinalistas da primeira edição, 120 da segunda e 120 Pontos de Cultura contemplados pelo Prêmio Escola Viva 2007.

• Programa de Restauro de Filmes – Investimento: R$ 3.500.000,00
Nesta segunda edição serão investidos R$ 3,5 milhões no Programa, realizado pela Cinemateca Brasileira, com o objetivo de preservar obras relevantes da filmografia nacional. Longas e curtas-metragens poderão participar. As novidades desta edição incluem trabalhos em cor e a possibilidade de restauração digital. Também serão investidos recursos para a prestação dos serviços de restauração digital e/ou fotoquímica, assim como para o aparelhamento dos Laboratórios de Imagem e Som da Cinemateca. Em 2007, foram envolvidos no trabalho de restauração 14 longas e 228 curtas-metragens. Os projetos pré-selecionados no edital de 2007 e não contemplados por questões orçamentárias, que compõem o Banco de Projetos do Programa de Restauro, concorrerão automaticamente na próxima edição.

• Projeto Revelando Os Brasis Ano IV – Investimento: R$ 2.108.462,00

Dirigido a moradores de municípios brasileiros com até 20 mil habitantes, o projeto seleciona 40 histórias a serem transformadas em produções audiovisuais em vídeo digital e oferece aos vencedores oficina de formação em roteiro, direção, produção, fotografia e câmera, som, edição, direção de arte, mobilização e direitos autorais. O objetivo é contribuir para a democratização da experiência audiovisual e na formação de público. Os programas produzidos, de 15 minutos, são exibidos nos municípios envolvidos e nas capitais dos estados participantes. Os vídeos também transformam-se em uma série de televisão, exibida pelo Canal Futura. Toda a produção do projeto será reunida em DVD para distribuição gratuita a bibliotecas, Secretarias de Cultura e instituições culturais, além de circular em festivais nacionais e internacionais.

• Prêmio Inclusão Cultural da Pessoa Idosa – Investimento: R$ 993.750,00

A segunda edição do Prêmio Inclusão Cultural da Pessoa Idosa será realizada em 2010, com previsão de R$ 1 milhão. Em 2007, quando o prêmio foi lançado pela SID/MinC, concorreram 265 iniciativas, das quais 20 foram selecionadas. Mais de 10 mil pessoas participaram de atividades culturais voltadas para esse grupo etário. A premiação tem como objetivo ampliar o reconhecimento, a valorização e a visibilidade das expressões culturais e identitárias dos idosos, de forma a contribuir para a garantia de seus direitos sociais e culturais.

• Feira Música Brasil – Investimento: R$ 2.400.000,00

A Feira Música Brasil 2009 será realizada de 9 a 13 de dezembro, em Recife, com o tema central Música Tocando Negócios. Público e profissionais do setor participam de rodadas de negócios, painéis de debate, oficinas e palestras de capacitação, estandes de exposição, mostra de filmes e grandes espetáculos. O volume de negócios gerado na Feira Música Brasil 2007 alcançou R$ 29,1 milhões, superando a expectativa inicial de R$ 5 milhões em receita. Mais de duas mil pessoas circularam na primeira edição da FMB, que contou com 900 inscritos nas conferências e rodadas de negócios, além de 550 reuniões comerciais, das quais participaram 93 empresas nacionais e internacionais.

• Implantação Brasiliana USP – Investimento: R$ 5.000.000,00

Projeto da Reitoria da Universidade de São Paulo, concebido e desenvolvido pela Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, o Brasiliana USP prevê a formação de um Centro de Conservação e Restauro do Livro e do Papel, a ser criado com o nome de Centro Guita Mindlin – responsável pela implantação de um laboratório e de um conjunto de atividades de formação e de capacitação de profissionais do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP e de outras instituições. O projeto conta, também, com a oferta de cursos de especialização ou de pós-graduação lato-senso para qualificar técnicos e profissionais do restauro no Brasil. Além disso, será constituído um Centro de Estudos do Livro para congregar pesquisadores e iniciativas interdisciplinares referentes ao estudo do livro, sua materialidade, novas tecnologias e a civilização do livro.

• Edital Design Contemporâneo – Investimento: R$ 1.576.800,00

A iniciativa tem como principal objetivo apresentar projetos de design de mobiliário a ser utilizado em equipamentos culturais federais (Espaços e Bibliotecas Mais Cultura). Também visa promover o design no Brasil como um sistema capaz de propor soluções criativas e culturais, que têm no simbólico e na tecnologia um modo de agregar valor e de promover o desenvolvimento sustentável. O projeto terá a duração de um ano e será composto por quatro produtos: um prêmio design de mobiliário, uma exposição de artes dos projetos e protótipos selecionados, um catálogo com o registro editorial de todo o projeto e um seminário sobre novos modelos sustentáveis de desenvolvimento por meio do design.

• Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos – Investimento: R$ 974.000,00

O primeiro concurso de fomento a programas radiofônicos é uma proposta da Associação das Rádios Públicas do Brasil focada na retomada da produção, veiculação e valorização dos conteúdos feitos para o Rádio. Tem como objetivo apoiar a produção independente de obras radiofônicas realizadas por produtoras, estudantes e profissionais de Comunicação, e estimular a diversidade regional na produção de programas de rádio. Serão selecionados 40 projetos de programas radiofônicos em todo o país, que serão veiculados pelas emissoras associadas à ARPUB e ficarão à disposição para veiculação em rádios não comerciais.

• Portal das Artes – Investimento: R$ 1.000.000,00

Nova ferramenta de comunicação do setor cultural, o Portal das Artes colocará ao alcance do público novos itens digitalizados do acervo do centro de documentação da Funarte, que reúne material valioso para a preservação da memória das artes no país. O Portal integra todos os ambientes on-line da Funarte. Ao acessá-lo, o internauta poderá também inscrever-se para participar dos projetos da Fundação, adquirir informações atualizadas no Mapa de Teatros do Brasil e pesquisar a programação dos espaços culturais da instituição no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

• Cinema Nacional Legendado e Áudio-Descrito Versão Videoteca – Investimento: R$ 450.000,00

Criado e desenvolvido em 2006, reeditado em 2007, o projeto abriu as portas do Cinema nacional para um novo público. Tem como objetivo garantir a difusão da cultura brasileira para surdos e cegos. Consiste na legendagem e na narração de 60 filmes nacionais, já disponíveis em vídeo, utilizando as tecnologias de legenda oculta (closed caption) e audiodescrição. Ao todo serão produzidos 200 kits: 50% com legenda oculta, voltadas para as pessoas surdas, e 50% com audiodescrição, para os cegos. Os kits serão distribuídos gratuitamente a entidades que trabalham com esses públicos, em todos os estados brasileiros.

• Revista de História da Biblioteca Nacional – Investimento: R$ 1.500.000,00

Criada em julho de 2005, a Revista de História da Biblioteca Nacional vem mostrando ao público brasileiro uma nova maneira de conhecer a nossa história. Apresenta mensalmente a milhares de leitores de todo o país o acervo documental, iconográfico e de obras raras da Fundação Biblioteca Nacional do MinC. Os textos dedicados à história são produzidos por especialistas de diversas universidades e centros de pesquisa, em uma linguagem acessível, sobre temas relacionados à formação do Brasil, como patrimônio cultural, lutas sociais, ensino e educação, literatura e marcos da trajetória da nação.

• Edital Arte e Cultura Inclusivas – Investimento: R$ 576.690,00

Concurso, com abrangência nacional, direcionado a artistas com deficiência. Serão selecionados 31 projetos nos segmentos de teatro, dança, música e artes visuais. Visa garantir a pessoas com deficiência a oportunidade de desenvolver e utilizar seu potencial criativo, artístico e intelectual como forma de inclusão social.

• Programa de Apoio à Difusão do Conhecimento Arqueológico – Investimento: R$ 2.500.000,00

Para mais Informações clique aqui http://www.cultura.gov.br/site/2009/12/04/conjunto-de-acoes-culturais/ ou ligue (61) 2024-2404/2412, na Assessoria de Comunicação Social do MinC.

Fonte: Site Cultura e Mercado

Compositor poderá ter profissão regulamentada


Depois da recente vitória dos repentistas, que foram considerados no final de novembro pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) como categoria profissional, agora é e vez dos compositores. A presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), anunciou que pretende elaborar um projeto de lei que irá propor o reconhecimento desses trabalhadores enquanto profissionais da arte. O comunicado aconteceu durante uma audiência pública, que contou com a participação de representantes da velha guarda da música popular brasileira na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).


Durante o evento foram ouvidas as reivindicações dos artistas e a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que presidiu a reunião, falou sobre a necessidade de buscar de soluções concretas para os músicos. Ela lembrou que já existe uma experiência relevante em seguro desemprego para os músicos na Bélgica, que pode ser estudada. Ela propôs também a elaboração de projetos que contemplem temas como aposentadoria especial e garantia de divulgação dos nomes de compositores pelas emissoras de rádio.

Também foi levantada, pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a possibilidade de o governo comprar discos dos compositores brasileiros e distribuir nas escolas – da mesma forma que faz com os livros. Já o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) pediu a aprovação, pelo Senado, de um projeto de resolução que condicione a renovação de concessões de emissoras de rádio e televisão à comprovação de pagamento de direitos autorais.

O senador Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) defendeu a criação de uma comissão parlamentar de inquérito que analise a “caixa preta” da distribuição de direitos autorais. O senador Mão Santa (PSC-PI) apontou os festivais da canção dos anos 60 no Rio de Janeiro como uma ferramenta de fomento à música popular e o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), que presidiu parte da reunião, disse que a comissão estava promovendo o “resgate do autor”.

Proposta de Revisão da Lei de Direitos Autorais

Por Tim Rescala*

Em recente seminário realizado em São Paulo, o Ministério da Cultura apresentou sua proposta de revisão da lei de direito autoral. O ponto principal, recebido com muito entusiasmo e aprovação pelos artistas, juristas e autoralistas presentes, foi a criação de uma agência reguladora.

Nos moldes do CNDA, que foi extinto pelo governo Collor, o Instituto Brasileiro do Direito Autoral (IBDA) atuará como mediador de conflitos e como órgão regulador e fiscalizador do segmento, a exemplo do que ocorre em todas as entidades de gestão coletiva no mundo todo. Até o momento apenas o ECAD, que detém por lei o monopólio da arrecadação e da distribuição de direitos autorais no Brasil, não sofre qualquer fiscalização ou controle do estado.

Como sabemos, a classe artística há muito almeja por transparência, equilíbrio e justiça na condução dos assuntos relativos ao direito autoral. O governo demonstrou, após realizar durante dois anos vários seminários sobre o assunto, tendo chamado para o debate todas as partes envolvidadas, que tomou para esta tarefa, o que seu direito e, sobretudo, seu dever.

Os dividendos gerados pelo direito autoral no Brasil são de terceiros e não podem continuar a ser administrados sem que os autores, os principais interessados, desconheçam as regras do jogo. Não se pode mais aceitar que uma assembléia, cujo controle é exercício através do poder econômico e não pela respresentatividade das sociedades que o integram, siga mudando essas regras a todo momento, segundo interesses de poucos e em detrimento de muitos.

Como sabemos, das dez sociedades que compõem a assembléia do ECAD, apenas seis teem direito a voto. As outras quatro, aliás, pagam tributo interno ao ECAD para existir.

Não é possível que um órgão que arrecada mais de 300 milhões por ano, em lugar de oferecer aos seus titulares um plano de previdência, brinde seus funcionários com benesses que pouquíssimas empresas brasileiras oferecem e que os compositores brasileiros estão muito longe de obter. Enquanto estes morrem à mingua, o órgão comemora sucessivos recordes de arrecadação.

O relatório da CPI do ECAD realizada em 2009 pela Assembléia Legislativa de São Paulo, além de ter gerado um inquérito policial, conclui, dentre outras coisas, que “A entidade (ECAD) , ao se ver livre do poder de fiscalização do governo, exorbitou das suas obrigações financeiras, legais e estatutárias, dando origem a irregularidades de tal monta, que já deram origem a duas CPIs, uma em Brasília (em 1995) e outra no Mato Grosso do Sul (em 2005), que não produziram os resultados esperados pela classe dos músicos."

Diz também o relatório que “A simples punição dos eventuais desvios de verbas, corrupção, sonegação de informações, e da coerção pelo poder econômico daqueles que se ousaram insurgir contra um sistema vicioso e viciado, e dos habituais atos condenáveis, impunes e arrogantemente desprezados por uma entidade – o ECAD – que impera, solitária, num tenebroso cenário de desfaçatez, não basta para solucionar a questão maior, que diz respeito ao desenvolvimento e ao progresso do nosso país.”

Fazendo coro à urgente revisão da lei, conclui ainda o oportuno relatório:

“Devemos, sim, nos debruçar sobre a atual legislação que regula o direito autoral neste país, e formular as alterações que se fazem imperativas, de forma a criar um ambiente de segurança e clareza tais, que permitam aos músicos exercitarem o seu mister, sem que sejam obrigados a desperdiçar seus talentos na busca da Justiça, ou calar-se, perante as ameaças e o poderio econômico dos que se encastelaram em estruturas ineficazes e corruptas.

Uma legislação bem fundada, que motive o músico a prosseguir criando e sobrevivendo com dignidade, servirá de fulcro ao desenvolvimento da arte, em particular, da cultura, e do desenvolvimento, como um todo.”


Mas, como era de se esperar, as sociedades que integram o ECAD, em especial uma das majoritórias, e que tem entre seus associados editoras e gravadoras multinacionais, se apresenta como porta-voz dos autores. Não aceita que o ECAD seja fiscalizado ou que os autores saibam o que se passa de fato com seus proventos. Chama isso de interferência do estado em assuntos privados.

Certamente o presidente desta entidade, que está no cargo há vinte anos, como a maioria de seus colegas, não deve gostar da idéia de ser fiscalizado. Levanta a bandeira de que isso é interferência do estado em assuntos privados. Ora, se é assim no mundo todo, inclusive nos países com o maior índice de IDH , por quê no Brasil tem que ser diferente ? Para manter privilégios ? Afinal, por quê o medo da fiscalização? Há o quê esconder ? Se “ quem não deve, não teme, não há razão para receios. Se o ECAD é um órgão transparente, tem agora a oportunidade de prová-lo.


É inaceitável, porém, que a lei brasileira conceda um monopólio a uma entidade privada, sem que esta deva satisfações a ninguém. Esta situação absolutamente sui-generis em todo o mundo tem que acabar.

O momento que estamos vivendo é único. Não podemos permitir que oportunistas de plantão continuem a mentir e manipular a opinião pública de forma tão cínica. Como diz a canção, “ quem sabe , faz a hora”.


*Tim Rescala é Compositor e Diretor Representante do SindMusi-RJ

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

2º Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora

Garantir o direito constitucional à creche e ratificar a Convenção 156 da OIT

A CGTB realizou o 2º Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora nos dias 4, 5 e 6 de dezembro, em Praia Grande (SP), sob o lema “Os desafios da mulher no mercado de trabalho”, com a participação de 150 delegadas.


“Esse evento é fruto das lutas que a CGTB travou durante sua história. As resoluções que tirarmos aqui serão levadas para todas as CGTBs estaduais e também serão adotadas como bandeira de luta de toda a CGTB, seja por mulheres ou homens”, afirmou a coordenadora do Departamento da Mulher Trabalhadora da CGTB, Cida Malavazi.



Cida disse que “queremos construir um Brasil e um mundo livre da política neoliberal com mulheres e homens livres da exploração econômica. Vamos construir um país justo e soberano, com a unidade entre homens e mulheres. Para isso, temos que caminhar juntos lado a lado na luta”, completou.

Durante a abertura, no dia 4, a presidente do Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro (SindMusi), Déborah Cheyne, tocou o Prelúdio da suíte nº 1, em Sol Maior para viola solo, de autoria de Bach.

O presidente da CGTB, Antonio Neto, ressaltou que a central “tem uma visão diferenciada do que outros setores que defendem a disputa e segregação da luta entre homens e mulheres. A luta das mulheres para conquistar os seus espaços nas sociedades não pode ser entendida como a luta contra os homens. O mesmo sistema que explora os homens impõe restrições e diferenças para as mulheres, cria barreiras para que as mulheres se desenvolvam plenamente no mercado do trabalho e imputa o sentimento de disputa entre os sexos”.

Também participaram da mesa de abertura a vice-presidente da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Lidia Correa; o presidente do Partido Pátria Livre (PPL-SP), Miguel Manso Perez; a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Saúde do MT, Maria Aparecida Rodrigues; a presidente da Federação Mineira de Mulheres (FMM), Fátima Cardoso; a presidente dos Servidores Públicos de Uberlândia, Maria Amália; a diretora da CGTB-SP Maria Aparecida Urbano; a tesoureira da CGTB-DF, Maria Aparecida Alves Lopes; a assessora sindical da CGTB-ES Luciene Gomes; a diretora da CGTB-RN Maria Vitorino da Cunha; e a diretora da CGTB-PE Maria Aparecida das Mercês; e a secretária da Mulher da CTB, Maria Luzinete.


Palestras e debates


Natalia de Oliveira Fontoura, Cientista Política do Ipea, Rafael Egg, assistente sênior do Programa Interagencial para a promoção de Igualdade de Gênero e Raça da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e Eunice Lea de Moraes, gerente de Projetos da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) participaram do painel “A mulher e o desenvolvimento do país”.

O debate sobre “A mulher no trabalho e seus direitos” contou com a participação da vice-presidente da Internacional Socialista de Mulheres para América Latina e Socióloga, Miguelina Vecchio; do representante do Dieese Paulo Roberto Arantes Vale; da vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo, Eunice Cabral; e da diretora do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) Cleide de Almeida.

No encerramento, com o tema “Participação da mulher na sociedade”, foram realizadas palestras da presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, Rosmary Corrêa; e da presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), Márcia Campos. A presidente do SindMusi, Débora Cheyne, fez uma exposição sobre cultura e o secretário-geral da CGTB, Carlos Alberto Pereira, abordou sobre a organização da central.

A Plenária Final do II Encontro aprovou a luta pelo cumprimento do direito constitucional à creche; realização de um seminário sobre saúde e outro sobre cultura em 2010; mínimo 30% de mulheres na composição da diretoria executiva e diretoria geral da CGTB; participação de 50% de mulheres nos cursos de formação profissional organizados pela CGTB; ratificação da Convenção 156 da OIT, relativa à igualdade de oportunidades e tratamento para os trabalhadores dos dois sexos, entre outras propostas.


Fonte: CGTB

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cinema e música ao ar livre

Imagine ver um filme em uma tela de 282 m², equivalente a um prédio de seis andares. E tendo como cenário a beleza da Lagoa, aliado a música e gastronomia de qualidade. Para quem ainda não foi ao Vale Open Air a última oportunidade é no domingo. O evento começou no dia 26 de novembro, no Jockey Club Brasileiro, e já exibiu a cópia restaurada de 'Macunaíma', o filme 'This is it', que registra os bastidores do que seria a última turnê de Michael Jackson, além do novo longa de Woody Allen, 'Tudo pode dar certo'.

E os shows não ficam para trás. Já passaram pela tenda musical Mart’nália, Spok Frevo Orquestra. Já a parte gastronômica conta com a pizza do Piola, o japonês do Koni Store, o mexicano do Taco & Chilli e o sorvete do Felice Café.

Programação de 09 de dezembro a 13 de dezembro

09/12: Filme: "Macunaíma"/ Show: Ana Cañas e Maria Gadú

10/12: Filme: "Eu te amo Phillip Morris"/ Festa: Dancing Cheetah

11/12: Filme: "Tudo pode dar certo"/ "Nova York, eu te amo"/ Show: The Whitest Boy Alive

12/12: Filme: "Entre irmãos"/ "Yansan" (curta)/ Festa: Calzone

13/12: Filme: "This is it"/ Shows: Cordão do Boitatá e Exalta Rei

Serviço:

Ingressos: R$ 20 (meia-entrada) e R$ 40 (inteira).
A noite sempre começa com a exibição de um filme e segue com as atrações musicais. Os 1.400 primeiros ingressos garantem presença na sessão do filme e nos shows/festas, enquanto os 1.600 restantes são só para a parte musical (ingressos para os shows e festas têm 1º lote e 2º lote, com preços diferenciados).

Pelo site www.ingresso.com.br

Telefone: 4003.2330 (capitais e regiões metropolitanas) 023 11 4003.2330 (demais localidades)

O Jockey Club do Rio de Janeiro fica na Praça Santos Dumont, 31.

Outras informações no site: www.valeopenair.com.br

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