quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não podemos morrer na praia

Tanto a CPI do ECAD no Senado Federal, quanto a da ALERJ, varreram para cima do tapete uma série de irregularidades que imperam há tempos na gestão coletiva de direitos autorais no Brasil. Sabemos que outras CPIs já aconteceram. As duas últimas, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, produziram documentos contundentes que pregam a intervenção do estado para regular e fiscalizar o sistema. Mas o que efetivamente foi feito? Infelizmente, até agora, nada. E por quê?

Sabemos que o Brasil sofre de muitos males e um deles é a corrupção endêmica, como tem sido veiculado pelos jornais. Outro mal é a manutenção de privilégios. Aqueles que estão há décadas acostumados a roer o osso não querem largá-lo de jeito nenhum. E o que podemos fazer nós, músicos, que estamos entre os principais interessados em que o sistema funcione ? Podemos e devemos nos interessar pela questão, nos informar sobre o assunto e, sobretudo, participar. Não em pensamento ou na torcida à distância. Precisamos participar presencialmente, senão , mais uma vez, tudo ficará como está, quer dizer, muito possivelmente poderá ficar inda pior.

Na próxima sexta-feira, de 10h00 às 13h00, no Auditório do Planetário da Gávea, será realizada mais uma audiência pública da CPI do senado, cujas reuniões não se restringiram à Brasília. Precisamos estar lá, ouvindo o que os colegas da classe têm a dizer sobre o assunto. Lá estarão aqueles que , como nós, defendem a regulação e a fiscalização do sistema pelo estado, como acontece na maioria absoluta dos países. Mas estarão também aqueles que acham que está tudo muito bom, está tudo muito bem. Para eles deve estar mesmo.

É hora de tomarmos uma posição para que não sejamos, mais uma vez, atropelados pelos acontecimentos. Precisamos ser agentes do nosso destino e não meras vítimas incapazes de reagir.

Tim Rescala


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Arranjo harmônico

Músicos demitidos e Fundação OSB assinam acordo coletivo que cria uma nova orquestra. Ministro Lupi ratifica o documento.  

No dia 9 de setembro, uma solenidade que ocorreu na sede do Ministério do Trabalho do Rio marcou a volta dos músicos demitidos à Orquestra Sinfônica Brasileira. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ratificou o acordo coletivo que já havia sido assinado por 31 dos músicos e pela Fundação Orquestra Sinfônica na última sexta-feira, 02 de setembro. Compareceram ao evento boa parte dos músicos reintegrados, a presidente do SindMusi, Déborah Cheyne, além de funcionários da Superintendência de Trabalho. Destaque também para a presença de Myrian Rios (PDT), do diretor tesoureiro da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB-Rio), Leandro Costa, e do presidente do Sindicato de Interestadual dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e no Audiovisual, Luiz Antonio Gerace (Chacra).

Após a apresentação de um grupo de cordas, que tocou o Prelúdio da Bachiana nº4 e a Cantilena da Bachiana nº5, de Villa-Lobos, o ministro Lupi disse que era um privilégio ouvir músicos tão talentosos e falou a sobre a importância da valorização da arte, em especial a música.

- Cresci ouvindo os concertos da Quinta da Boa Vista, com o maestro Isaac Karabtchevsky e fico muito feliz que os músicos que compõe a OSB, que é um verdadeiro patrimônio cultural, estejam de volta. Em nossa sociedade por diversas vezes não valorizamos a música e os músicos como deveríamos. A volta dos músicos não foi só uma vitória dos trabalhadores, mas sim de toda sociedade que poderá continuar a se deleitar com música de qualidade e espetáculos de alto padrão, afirmou o ministro.

A assinatura do acordo coletivo encerra, após sete meses, o imbróglio que culminou na demissão de 33 músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira. O acordo cria uma nova orquestra, que tocará paralelamente com a OSB, sem a regência de Minczuck, e em um regime que não prevê exclusividade nem a obrigatoriedade de avaliações de desempenho. Além da reintegração, outra possibilidade prevista no documento, e escolhida por quatro músicos, foi a de converter a demissão por justa causa em demissão normal. Um músico não aderiu e três decidirão nos próximos dias.

Pelo acordo, os membros da nova orquestra terão estabilidade até 31 de agosto de 2013 e serão submetidos ao Regime Interno antigo. Confira mais detalhes no quadro laranja, ao final da matéria.

Para Déborah Cheyne, presidente do Sindicato dos Músicos, o sentimento é de vitória:

- É uma grande vitória, conquistada após oito meses de luta e tensão. Estivemos envolvidos intensamente durante todo o processo e, naturalmente, do início da crise até a assinatura do acordo muita coisa mudou; o contexto hoje é outro.

O último mês foi marcado por negociações intensas, com reuniões quase diárias, entre músicos e a FOSB. O documento final, selado entre os músicos e FOSB foi assinado por grande parte dos instrumentistas.

- A adesão de um número substancial de músicos ao acordo mostra que o resultado de negociação atendeu bem a demanda atual. Essa não é uma vitória apenas do sindicato ou dos músicos contemplados no acordo, mas de todos aqueles que nos apoiaram todo esse tempo. Devemos muito a essas pessoas, instituições e parlamentares, disse Déborah.

A nova orquestra, que ainda não tem um nome definido, será também composta por quatro dos sete músicos veteranos da OSB, idosos ou com mais de 30 anos dedicados ao trabalho. A eles, que ficaram em “suspenso” durante a crise, foi dada a opção de permanecer na OSB ou integrar o novo corpo orquestral. Os outros três veteranos ainda não se posicionaram.

Apesar da ideia de se ter duas orquestras soar inusitada, existem casos bem sucedidos de duas formações em Chicago, Boston e Los Angeles. Os músicos devem começar os ensaios em breve.


Documento elaborado em conjunto pelo SindMusi e a FOSB

1- Reintegração imediata de todos os 33 músicos aos quadros da FOSB em um novo corpo orquestral criado com este propósito e sem a regência do maestro titular da OSB.

2- Este novo corpo orquestral será complementado por uma lista de sete músicos veteranos da Fundação.

3- Caberá à atual direção artística da FOSB a gestão do novo corpo orquestral, que terá as mesmas condições de trabalho praticadas anteriormente, reguladas pelo Regimento Interno antigo, tais como número de funções, gratificação por função, anuênios, etc.

4- A FOSB pagará aos músicos que forem reintegrados os respectivos salários e valores de direito de imagem retroativos às demissões ocorridas em março de 2011 até maio de 2012. Os salários de agosto serão pagos 12 dias após a assinatura do acordo.

5- A FOSB garante a manutenção do novo corpo orquestral e dos contratos de trabalho de seus integrantes até 31.08.2013, exceto por motivo disciplinar, econômico ou financeiro devidamente comprovado. Os músicos também ficam dispensados de realizar avaliações de desempenho durante toda a vigência de seus contratos.

6- Os membros do novo corpo orquestral poderão indicar, através de uma lista tríplice, um representante para compor o Conselho Fiscal da Fundação, que será escolhido pelo Conselho Curador.

7- A FOSB poderá convidar os músicos deste novo corpo orquestral para tocar com a orquestra atual. É garantido aos membros o direito de não aceitar nos primeiros seis meses de vigência do acordo. Após este prazo, a recusa só poderá acontecer no caso de a programação ser regida pelo atual maestro titular da orquestra.

8- Aqueles que não quiserem retornar aos quadros da Instituição terão suas demissões por justa causa convertidas em demissão imotivada, com o recebimento das verbas rescisórias e a manutenção do plano de saúde pelo prazo de seis meses. Estes músicos receberão também uma indenização de valor correspondente ao somatório dos salários retroativos. Os valores devidos serão quitados em prazo estabelecido em comum acordo.























Músicos recebem graças em missa celebrada pelo Arcebispo do Rio, D. Orani


Foi realizada no dia 31 de agosto, às 19h, uma missa em Ação de Graças aos músicos do Rio de Janeiro, que foi celebrada pelo Arcebispo do Rio, D.Orani. A missa não poderia ser em um lugar diferente: a Igreja de Santa Cecília, em Botafogo. A santa é a padroeira dos músicos.

Os fiéis se encantaram com a missa, que foi marcada pela musicalidade, e acompanhada pela Orquestra de Cordas SindMusi.

Durante a celebração, que durou quase duas horas, D.Orani falou sobre a importância da música para sociedade.

- A sociedade capitalista, às vezes, não vê a beleza e a importância do trabalho dos músicos. A música é um dom, que temos que incentivar e valorizar – afirmou D. Orani.

No encerramento da cerimônia, a presidente do SindMusi, Déborah Cheyne, homenageou Dom Orani e parabenizou o trabalho da Rádio Catedral, emissora oficial da Arquidiocese do Rio, no sentido de cumprir seu papel na democratização da cultura e comunicação.

- Não é por um acaso que D.Orani, que é especialista em comunicação e ex-presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, esteja sendo homenageado pelo SindMusi. Reconhecemos no trabalho do arcebispo e da Rádio Catedral o exercício da democracia, refletido na ousadia da grade de programação – afirmou Déborah, que também sinalizou programas que ela classificou como “oásis” na programação dos rádios no Brasil.

- Nós, músicos, não poderíamos deixar de chamar a atenção para programas como “Forma Instrumental”, que prestigia há 18 anos, diariamente, um segmento desfavorecido nas rádios, palcos e mídias em geral: a música instrumental brasileira. Outro programa que merece ser citado é o “Encontro com os clássicos”, que dedicado à música de concerto, também raramente lembrada.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

1º Concurso Internacional de Corais do FIRSC

O 1º Concurso Internacional de Corais do FIRSC é aberto a qualquer grupo coral, com pelo menos 4 integrantes, seja ele amador, semi-profissional, profissional, brasileiro, estrangeiro, infantil, jovem, adulto, etc. O concurso é aberto a todos os grupos de canto coral. Não há restrição para um número máximo de participantes. A premiação para o primeiro lugar é prêmio de R$ 5000
Regulamento
O I Concurso Internacional de Corais do FIRSC é aberto a qualquer grupo coral, com pelo menos 4 integrantes, seja ele amador, semi-profissional, profissional, brasileiro, estrangeiro, infantil, jovem, adulto, etc. O concurso é aberto a todos os grupos de canto coral. Não há restrição para um número máximo de participantes.
Os grupos poderão se apresentar a capella ou com acompanhamento instrumental. Qualquer envolvimento do grupo coral com tipos diferentes de instrumentos, mídia eletrônica, envolvimento cênico ou aparelhagem eletrônica será de total responsabilidade do próprio grupo. A produção do FIRSC procurará auxiliar os grupos no que for necessário, no entanto a sua apresentação é de sua inteira responsabilidade. Chiados em caixas de som e outras interferências sonoras serão de responsabilidade do próprio grupo.

Mesmo não sendo responsabilidade da produção do festival, o grupo, no ato de sua inscrição, deverá comunicar o tipo de equipamentos que deverá utilizar, além do número de vozes e nome do maestro.
Portanto o FIRSC sugere que se empregue o menor número possível de instrumentos acústicos ou eletrônicos. No entanto, a participação instrumental não adicionará ou retirará pontos de sua avaliação. O que será avaliada será a apresentação coral.
Haverá uma peça de confronto composta especialmente para o 2º. FIRSC por Antônio Ribeiro, compositor residente do 2º. FIRSC. O grupo terá 10 minutos para interpretar a obra de Antônio Ribeiro, de aproximadamente 5 minutos, e terá mais 5 minutos para uma outra obra de sua escolha.
A apresentação deve durar no máximo 10 minutos. Haverá 1 minuto extra de tolerância para entrada e saída do palco. A pontualidade e respeito aos 10 minutos também farão parte da avaliação dos pontos.
Investimento
O valor do investimento para a seleção dos corais poderá ser das seguintes maneiras: R$ 300 até o dia 15/agosto. R$ 350 até o dia 15/setembro. R$ 400 até o dia 15/outubro. 
A lista com os nomes dos corais selecionados e horário de apresentação será divulgada durante o mês de outubro/2011. Os corais serão selecionados (até 24 corais participantes) por ordem de inscrição. Isto significa que os primeiros grupos a se inscreverem garantirão a sua vaga, o que pode não ocorrer com aquele que deixar para fazer a sua inscrição perto da data do FIRSC. Após esta data, os corais que não tiverem pago a taxa serão considerados desistentes e perderão o direito à vaga. Novos corais serão convocados.
O primeiro prêmio será de R$ 5.000. Os jurados analisarão: afinação (20 pontos) + envolvimento cênico (10 pontos) + harmonia / conjunto (20 pontos). A produção analisará a pontualidade e duração da apresentação (10 pontos).
Na segunda parte 5 corais se classificarão como finalistas. Nesta última apresentação, de duração máxima de 5 minutos, cada grupo poderá apresentar qualquer peça de livre escolha. Se preferir repetir alguma pela da fase anterior, também é possível.
Programação do Concurso:
24 corais candidatos x 10 minutos: 
10:00/12:00 – 12 corais
12:00 – almoço
13:30/15:30 – 12 corais
16:00 – Apresentação da Camerata Cantareira e do Quinteto de Metais Cantareira
16:30 – anúncio dos 5 finalistas
16:35 – apresentação final – 5 corais finalistas x 5 minutos.
17:00 – Anúncio das Menções Honrosas e do Grande Vencedor
NB 1: haverá a entrega de Diploma de Menção Honrosa para os 5 finalistas.
NB 2: O concurso será realizado havendo um número mínimo de 10 corais inscritos.
NB 3: O grupo vencedor deverá indicar uma conta corrente para a qual o valor será depositado na semana seguinte. O representante legal do grupo deverá assinar um recibo pelo recebimento dos R$ 5.000 como prêmio.

Sucesso no lançamento do projeto Cena Musical

Por Geórgia Jahara


Cláudio Furtado 
Lançado neste fim de semana, dias 12 e 13 de agosto, no Teatro Municipal, o projeto ‘Cena Musical’ mostrou que veio pra ficar. Desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Música de Teresópolis, com apoio da Prefeitura, através da Secretaria de Cultura e do SindMusi, o projeto foi idealizado com o objetivo de estimular a atividade autoral. Os dois primeiros shows, com Fernando Mello e o grupo Mangabrothers, agradaram em cheio.

A abertura oficial aconteceu na sexta-feira, dia 12, com o show do cantor e compositor Fernando Mello. Acompanhado por Fausto Baptista (bateria), Arthur de Palla (contrabaixo), Wendel Santos (teclado) e Frank (percussão e vocal), Fernando Mello encantou a plateia com uma mistura de estilos e muito suingue. No repertório, obras de sua autoria como ‘Nosso Amor’, ‘Avenidas’, ‘Gente Boa’ e ‘Germinar’, tema da campanha Viva Terê. Entre uma música e outra, destaque ainda para as participações especiais dos também músicos Claussi Ramos, Lu Guarilha,   PC de Si, Bimbinho e Maguila. “Foi um prazer inaugurar este projeto. Estamos mais do que satisfeitos. Afinal, a cultura em Teresópolis nunca teve tanto avanço como nestes últimos tempos”, comentou Fernando Mello.

Já no sábado, dia 13, a segunda noite do Cena Musical foi dedicada ao reggae e ao rock com o show do grupo Mangabrothers. Formado por Alanito Soares (voz), Luciano Mendes (baixo), Hélio Ratis (bateria), Flavio Mangaba (guitarra e voz) e Cristiano Crochemore (guitarra e voz), o grupo agradou em cheio com músicas como ‘Aguardente’, ‘Velho demais’, Me inclui fora dessa’ e ‘Água e vinho’, entre outras. “O projeto foi o pontapé inicial no caminho da valorização da música feita em Teresópolis. O público pode ver de perto, e com toda a estrutura necessária, um show 100% made in Terê”, comentou Flavio Mangaba após a apresentação.

Na noite de lançamento, o coordenador do Grupo de Trabalho de Música de Teresópolis, Arnaldo Almeida, falou sobre o projeto. “Fruto da parceria entre o GT (Grupo de Trabalho) de Música e a Secretaria de Cultura, o Cena Musical tem como principal objetivo valorizar aqueles que produzem música autoral em nossa cidade. Nessa primeira etapa, serão seis datas, apresentando ao público sempre artistas diferentes. O primeiro fim de semana superou nossas expectativas. Com certeza, os próximos shows serão ainda melhores. Tudo isso graças à Secretaria de Cultura, Aciat e SindMusi, que contribuiíram e acreditaram desde o início na nossa proposta. Só temos a agradecer”, comentou Arnaldo.

Para o Secretário de Cultura, Ronaldo Fialho, a primeira edição do evento foi ótima. “O Cena Musical é resultado de uma ação conjunta, idealizada pelos próprios músicos da cidade em parceria com a Secretaria de Cultura. Uma idéia como essa, certamente movimentará o segmento musical no município, revelando talentos e dando visibilidade aos nossos artistas. O primeiro passo foi dado e em médio prazo buscaremos outras ações que possam alavancar a cultura da cidade em sua infinita riqueza e nas mais diversas modalidades”, avaliou.


                                         Claussi Ramos, Fernando Mello e Lu Guarilha

Quem esteve presente às apresentações, aplaudiu. “Uma iniciativa maravilhosa, que valoriza os nossos artistas e permite que a gente tenha acesso às composições próprias, músicas que não se ouve todos os dias. Muito bom”, elogiou a professora Rosângela Dias. “Adorei. Espero que o projeto tenha muito sucesso”, concordou a estudante Mirela Gusmão.

Sobre o projeto

O projeto ‘Cena Musical’ é voltado exclusivamente para compositores de Teresópolis e foi idealizado visando incentivar a produção autoral, dando palco e possibilitando que esses compositores apresentem seu trabalho ao público. A ideia é que sejam realizados dois shows por mês, sempre no Teatro Municipal. As próximas datas já estão marcadas: dias 9 e 10 de setembro e dias 7 e 8 de outubro.  

                                                                                      Cláudio Furtado

Conservatório de Tatuí promove “Esquenta Cururu” no dia 21 de agosto


Evento antecipa atrações do Torneio Estadual de Cururu, que acontecem neste ano no Teatro Procópio Ferreira

O Governo do Estado de São Paulo e o Conservatório Dramático e Musical "Dr. Carlos de Campos" promovem em Tatuí o primeiro “Esquenta Cururu”, no dia 21 de agosto, a partir das 9h, no Teatro Procópio Ferreira, com entrada franca. O evento é preparativo para o 18º Festival de MPB Raiz e Tradição – III Torneio Estadual de Cururu, com coordenação de Jaime Pinheiro.

O “Esquenta Cururu” foi idealizado para que os cururueiros e o público possam se familiarizar com o palco do Procópio Ferreira, onde acontecerá a terceira edição do torneio –diferentemente dos anos anteriores, quando o evento ocorreu ao ar livre. No dia 2 de outubro, haverá outra rodada do “Esquenta”, também a partir das 9h. Para os dois eventos, os interessados em participar devem entrar em contato com o Centro de Produção do Conservatório de Tatuí pelo telefone (15) 3205 8444.

O Torneio Estadual de Cururu visa a estimular a difusão do Cururu do Estado de São Paulo e pretende integrar e promover o intercâmbio entre os participantes, multiplicando o conhecimento sobre a cultura popular de raiz paulista e sobre o gênero como forma legítima de expressão da música brasileira.

As inscrições para a terceira edição do torneio podem ser feitas até o dia 21 de outubro. Oito duplas serão selecionadas dentre as inscritas e participarão da competição, agendada para os dias 17, 18 e 19 de novembro, a partir das 16h, em três fases diferentes: duas semifinais e uma final. Das oito duplas selecionadas, quatro participam da primeira semifinal no dia 17 e outras quatro da segunda semifinal no dia 18. As duplas vencedoras de cada dia disputam a fase final, no dia 19.

Um júri formado por três pessoas de notório saber e efetiva militância no campo da arte popular será o responsável pelo julgamento dos embates. Serão avaliados itens como “Abertura”, “Interpretação”, “Afinação”, “Ritmo/Entrosamento com o violeiro” e “Presteza na resposta e na sequência do tema sorteado/ Respeito ao tempo delimitado”. Todas as fases serão realizadas no Teatro Procópio Ferreira.

A alteração do local do evento, antes em praça pública, é uma forma de valorizar ainda mais essa tradição. “O palco que recebe orquestras e solistas internacionais receberá os cururueiros paulistas. O Cururu merece ser realizado em grande estilo”, disse o diretor-executivo do Conservatório de Tatuí, Henrique Autran Dourado, idealizador do torneio.

A dupla classificada em primeiro lugar receberá R$ 1 mil. Prêmios de R$ 800, R$ 600 e R$ 400 serão oferecidos às duplas que terminarem em 2º, 3º e 4º lugar, respectivamente. As quatro finalistas também receberão uma ajuda de custo de R$ 500. Todas as duplas ganharão troféus. O Troféu “Pedro Chiquito”, em homenagem ao importante cururueiro, será designado pela comissão julgadora.

Na última edição, a dupla Moacir Siqueira e João Mazzero (de Piracicaba) foi a grande campeã do torneio.

Participação

Para se inscrever, as duplas interessadas devem procurar a secretaria de cultura ou diretoria responsável pela cultura de seu município. Cada cidade do Estado de São Paulo pode inscrever uma dupla para representá-la, com vistas a proteger e difundir as manifestações da tradição, memória e diversidade cultural do interior paulista. Para efetuar a inscrição, a dupla e/ou agente municipal deve preencher a ficha de inscrição disponível para download no site www.conservatoriodetatui.org.br/cururu (ela também será enviada, via Correios, a todas as Prefeituras do Estado de São Paulo), entregá-la pessoalmente ou encaminhá-la pelo Correio ao Conservatório de Tatuí: rua S&ati lde;o Bento, 415, Tatuí-SP, CEP 18270-020.

As duplas classificadas para as semifinais serão divulgadas a partir do dia 7 de novembro, no site do Conservatório de Tatuí (www.conservatoriodetatui.org.br/cururu). Dúvidas podem ser dirimidas pelo telefone (15) 3205-8435.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

João Daltro de Almeida lança livro de contos

Violinista consagrado lança seu primeiro livro no Ernesto, no dia 22 de agosto
O Violinista e presidente da Federação dos Trabalhadores em Difusão Cultural do Rio, João Daltro de Almeida, lança no dia 22 de agosto, às 19h, no Restaurante Ernesto, na Lapa, seu primeiro livro: O Velho e o Lago Azul. A obra reúne cerca de 15 contos, que são flashes do tempo que atuava com músico, líder sindical e presidente de federação, e foram escritos entre 2007 e 2011.
Filho de músicos, (do violinista, saxofonista, clarinetista, arranjador e compositor, João Alvino de Almeida e da professora de educação musical e piano, Giomar de Almeida) Daltro escreve história sobre músicos, para músicos.
O autor, que também é poeta e pintor, foi por 18 anos spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira e primeiro Violinista do Quarteto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, além de tocar em mais de 30 conjuntos no Brasil e no exterior.
Mas foi quando se aposentou e foi morar na paradisíaca e pacata Araruama, Região dos Lagos, que Daltro encontrou a inspiração para criar os contos. Lago Azul, que é o nome do Condomínio onde vive o autor, explica a escolha do título da obra: “O velho e o Lago Azul”. É o próprio autor a figura do “velho”, que divide com os leitores experiências de vida e bastidores de seus 57 anos como profissional da música, em uma linguagem leve, divertida, poética e em um texto despretensioso.  
- Meu objetivo com o livro é colaborar com o progresso artístico e profissional do músico brasileiro, tocando em especial os jovens, através dos contos que mostram a doce e exaustiva labuta do músico em nosso país, seus sofrimentos, esperanças, alegrias, animação, autenticidade. É primordial que a juventude entenda que injustiças sempre ocorreram com os músicos e que a categoria deve se organizar e consultar profissionais do Direito, Administração, Economia e precisa cobrar de seus órgãos de classe – o Sindicato e a Ordem dos Músicos – uma participação cada vez mais intensa e determinada, explicou Daltro.
Serviço:
Lançamento do Livro “O Velho e o Lago” e Vernissage de 14 quadros pintados pelo autor
Data: 22/08/11
Horário: 19h
Local: Restaurante Ernesto
Endereço:
Largo da Lapa, 41 - Lapa // Tel (21) 2509 – 6455Preço do livro: R$ 40,00
Para adquirir o livro envie um email para:
daltroviolino@ig.com.br

IV Concurso Estímulo para cantores Líricos


O Centro de Ciências, Letras e Artes e a Secretaria e a de Educação da Prefeitura Municipal de Campinas realizam o IV Concurso Estímulo para cantores Líricos.

Com o objetivo de estimular e revelar talentos artísticos no campo lírico, com idades compreendidas entre 18 e 35 anos e, simultaneamente, contribuir para a divulgação das obras do Maestro Antonio Carlos Gomes, a Secretaria Municipal de Educação, da Prefeitura Municipal de Campinas e o Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, realizam na Sala Carlos Gomes, do Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, e no auditório do CCLA, localizada na Rua Bernardino de Campos, 987, em Campinas, nos dias 14 (quarta-feira), 15 (quinta-feira), e 17 (sábado) de setembro de 2011, o IV Concurso Estímulo para Cantores Líricos. Os locais de realização das provas eliminatórias atendem aos requisitos de acessibilidade exigidos. Este Concurso reger-se-á pelo regulamento abaixo e distribuirá prêmios à Melhor Voz Masculina, Melhor Voz Feminina e ao Melhor Intérprete de Carlos Gomes, selecionados por seleto júri. O apoio técnico ficará a cargo da ABAL Campinas.

REGULAMENTO

1. Podem candidatar-se estudantes das escolas de música de todo País, bem como profissionais em início de carreira, de nacionalidade brasileira, cuja idade em 01 de setembro de 2011 não seja inferior a 18, ou superior a 35 anos.

2. Os concorrentes devem fazer-se acompanhar por pianista de sua escolha, as expensas de cada candidato, podendo alternativamente, utilizar o que a organização colocar à sua disposição, adaptando-se aos horários de ensaio previamente agendados.

3. Em cada prova, o programa será sempre apresentado sem interrupção, pela ordem escolhida pelo candidato e as peças devem ser interpretadas de memória. A ordem de apresentação dos candidatos será sorteada pelo júri, antes de cada prova.

4. Na Prova Final, o Júri reserva-se o direito de não atribuir determinado Prêmio, caso considere que o nível requerido não tenha sido atingido. Nenhum dos prêmios é cumulativo e devem ser atribuídos individualmente.

5. As decisões do Júri são finais e delas não cabe recurso, sendo tomadas em sala reservada, com entrada restrita a estranhos à organização. A pontuação não será divulgada.

6. Despesas com deslocações e estadia do candidato e/ou de seu pianista particular, ficam a cargo do próprio candidato.

7. As Provas do Concurso são abertas ao público em geral.

8. A organização do Concurso fica detentora dos direitos de gravação áudio e vídeo, fotográficos e de difusão, por rádio ou televisão, das provas dos candidatos, não sendo por isso devido qualquer pagamento aos concorrentes ou aos seus pianistas.

9. Ao assinar a Ficha de Inscrição, o candidato declara estar de acordo com este Regulamento.

10. Requisitos necessários à inscrição: 1. Ficha de Inscrição preenchida em letra de forma, ou digitada, e devidamente assinada; 2. Breve currículo da vida musical; 3. Uma foto 9 x 12, nítida e recente, para divulgação; 4. Cópia da Carteira de Identidade ou do Registro de Nascimento (obrigatório); 5. Três (3) cópias legíveis das partituras de cada peça constante de seu programa. A remessa de todos esses 5 itens é condição obrigatória para o aceite da inscrição, (as cópias de partitura não serão devolvidas).

11. A sessão preliminar, de caráter eliminatório, será realizada através da audição de gravação recente feita pelo candidato em CD (pode ser gravação doméstica). As peças gravadas poderão posteriormente ser repetidas no programa da prova eliminatória ou da prova final.

12. O prazo de inscrições se encerra em 31 de agosto de 2011, valendo como prova a data de carimbo dos Correios.

II. PRÊMIOS

1) Será entregue ao vencedor de Melhor Intérprete da obra de Antonio Carlos Gomes o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), deduzido o IR devido, na data da Final em 31 de outubro, data de aniversário do CCLA, em recital festivo dos laureados;

2) Para a Melhor Voz Masculina será oferecida, em data a ser agendada, a oportunidade de realização de uma Oficina de Música (Canto Coral), no Centro Escolar de Música Manoel José Gomes, que será remunerada no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), deduzidos os impostos legais;

3) Para a Melhor Voz Feminina será oferecida, em data a ser agendada, a oportunidade de realização de uma Oficina de Música (Canto Coral), no Centro Escolar de Música Manoel José Gomes, que será remunerada no valor de R$ 4.000,00, (quatro mil reais), deduzidos os impostos legais.

IV - PROVAS

O concurso será desenvolvido em três etapas:

1ª ETAPA: PRÉ-SELEÇÃO

Audição gravada (em CD, DVD ou videocassete)

1) Uma comissão artística ouvirá as gravações remetidas até 31 de agosto de 2011, selecionando dentre os candidatos um número de concorrentes não superior a 14 (quatorze).

2) Candidatos detentores de 1º, 2º ou 3º Prêmios em Concursos de Canto Lírico, reconhecidos, nacionais ou internacionais, obtidos nos últimos 2 (dois) anos, estão dispensados do envio da gravação, mas devem cumprir os demais requisitos obrigatórios, tais como, enviar o currículo, foto, repertório escrito, 3 (três) cópias das partituras, cópias da Cédula de Identidade e Ficha de Inscrição completa, para serem admitidos diretamente à 2ª etapa (semifinal e final). Juntamente com a Ficha de Inscrição deve ser anexada uma cópia do Certificado ou Diploma de atribuição do Prêmio, emitido pela Organização do Concurso.

3) Não poderá inscrever-se neste concurso o vencedor dos Prêmios de Melhor Voz - Masculina e Feminina - em algum dos Concursos Estímulo para Jovens Cantores, realizados anteriormente pelo CCLA, em 2008, 2009 e 2010, por serem considerados “Hors Concours” nesta competição.

2ª ETAPA: PROVAS ELIMINATÓRIAS

Os candidatos serão distribuídos em dois grupos, em número máximo de 07 concorrentes em cada grupo, para as provas semifinais, de caráter eliminatório.

Cada grupo participará das provas semifinais a se realizarem na Sala Carlos Gomes, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, Praça Imprensa Fluminense, S/N, Cambuí, em Campinas, SP, sendo a primeira no dia 14 de setembro, às 20 horas, com no máximo sete candidatos; e a segunda, no dia 15 de setembro, às 20 horas, com no máximo sete candidatos.

Caso o número de candidatos fique aquém de 10 (dez), a organização da prova pode ao seu critério realizar somente uma eliminatória no dia 15 de setembro.

A distribuição dos candidatos pelos diversos dias de prova será definida por sorteio e o resultado será comunicado pela organização ao candidato com antecedência de 15 (quinze) dias. O candidato deverá acatar a data de prova que lhe for atribuída, sem exceção, sob pena de desclassificação por não comparecimento.

3ª ETAPA: FINAL

A reunião para a Final e anúncio dos Premiados realizar-se-á no dia 17 de setembro, sábado, às 20 horas, no auditório do CCLA, na Rua Bernardino de Campos, 989, Centro, com no máximo nove finalistas, apontados pelos jurados.

IV. PROGRAMA E REPERTÓRIO

1) Com exceção das peças submetidas em gravação na fase de Pré-Seleção, os concorrentes não poderão apresentar a mesma peça duas vezes.

2) O programa remetido não poderá sofrer alterações após o dia 31 de agosto de 2011, data limite para recebimento das inscrições.

3) Em cada prova, o(a) concorrente deverá apresentar-se em, pelo menos, dois idiomas distintos.

PRÉ-SELEÇÃO (Audição gravada)

Uma Canção erudita em língua portuguesa

Uma Ária de Ópera ou Oratório, Modinha ou Canção de Câmera, em língua estrangeira, de autoria de Antonio Carlos Gomes.

Uma Ária de Ópera de Antonio Carlos Gomes.

SEMIFINAIS

Uma canção, ou ária do Período Clássico.

Uma canção de Câmera, peça de Oratório ou Modinha, de Antonio Carlos Gomes.

Uma Ária de Ópera de Antonio Carlos Gomes

FINAL

Uma Canção de Antonio Carlos Gomes

Uma Ária ou Canção de Ópera, peça de Oratório ou Câmera, em língua estrangeira, de livre escolha.

Uma Ária de Ópera de Antonio Carlos Gomes (de confronto).


ÁRIAS DE CONFRONTO (Para a FINAL):

Soprano Leve ou Ligeiro – Em sono plácido... As fagueiras esperanças (A Noite do Castello)

Soprano Lírico – Alla infelice suora...Volate, o libere aure del cieli...(Salvator Rosa)

Soprano Lirico Spinto ou Dramático – O mie notti d’amor (Maria Tudor)

Mezzo soprano ou Contralto – Orda crudel, feroce (Condor)

Tenor Lírico – Ária – Nestes sítios que viram minha infância (A Noite do Castello)

Tenor Lirico Spinto ou Dramático – Roberto, estou contigo satisfeito... Foi por ela que longe destes sítios (A Noite do Castello)

Barítono – Recitativo e Ária... Tu, Fernando, que adoptei por filho (A Noite do Castello)

Baixo – Ária – Pois bem, chegai-vos a mim e sede atentos... (A Noite do Castello)

V. CALENDÁRIO DAS PROVAS

PRÉ-SELEÇÃO

Inscrição e recebimento das gravações: até 31 de agosto de 2011

Endereço para envio:

CCLA - Centro de Ciências, Letras e Artes

At. Sr. Marino Ziggiatti – Coordenador Geral do Concurso

Rua Bernardino de Campos, 989 – Centro – CEP 13010-151

CAMPINAS, SP

PROVAS ELIMINATÓRIAS

Os concorrentes pré–selecionados serão informados nos dias 08 e 09 de setembro de 2011, por e-mail ou telefone, da data/hora das provas semifinais eliminatórias.

VI. CONSTITUIÇÃO DO JÚRI DA FINAL

Participarão como membros do Júri 03 (três) Maestros ou Músicos de Renomada Experiência sendo: 01 Maestro (Presidente), 01 Professor de Canto ou Maestro e 01 Cantor ou Cantora Lírica(o), de renome nacional, indicados pelo CCLA - Centro de Ciências, Letras e Artes e pela ABAL Campinas - Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos.

VII. A ORGANIZAÇÃO SERÁ SOBERANA PARA DIRIMIR QUAISQUER DÚVIDAS, EVENTUALMENTE SURGIDAS E SUAS DECISÕES SÃO CONSIDERADAS IRRECORRÍVEIS.

Orientação Técnica:

ABAL Campinas – Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos

Posicionamento oficial do SindMusi/RJ sobre a decisão do STF acerca da obrigatoriedade de filiação e pagamento de anuidades à OMB

Para iniciar o assunto com clareza: A decisão do STF se aplica somente ao músico de Santa Catarina que ajuizou a ação, que agora foi decidida em última instância.
A partir de agora os ministros do STF podem tomar decisões semelhantes sobre o assunto individualmente, sem que precisem ser votados pelos demais ministros.

Trata-se, porém, de uma primeira decisão, o que não significa que decisões posteriores venham a ter necessariamente o mesmo resultado, uma vez que ainda não foi sumulado (não há vários resultados iguais).
Ou seja: Para que outros músicos adquiram o mesmo direito que adquiriu aquele músico de Santa Catarina, terão que mover ações judiciais contra a OMB e aguardar a decisão final, a menos que consigam uma liminar (decisão provisória).

Ao SindMusi/RJ preocupa muito a disseminação leviana e irresponsável da informação enganosa de que nenhum músico precisaria mais cumprir os requisitos legais para o exercício da profissão. A Lei 3.857/60 - Lei do Músico - continua em pleno e total vigor!

Entendemos que a desregulamentação total da profissão tornaria o trabalho do músico uma atividade ainda mais penalizada do que já é atualmente.

Apesar de reconhecer o anacronismo e o perfil antidemocrático ao qual OMB vem sendo conduzida há décadas, o SindMusi/RJ, entidade responsável pela defesa dos interesses profissionais dos músicos, não pode abrir mão de instrumentos e prerrogativas concedidos pela Lei 3.857/60, que regulamenta a profissão de músico e é a mesma que instituiu a OMB. Dentre esses instrumentos, podemos destacar a jornada de trabalho diferenciada de 05 (cinco) horas incluídos intervalos para refeição e ensaios.

A relação trabalhista envolve vários aspectos: o contratual, o previdenciário, o remuneratório, entre outros. A desregulamentação da profissão seria um “tiro no pé” dos músicos, ao contrário do que pensam os desavisados que ingenuamente comemoram, contaminados por informações equivocadas.

O SindMusi/RJ tem atuado intensamente no campo político, para que sejam feitas alterações na Lei 3.857/60 de forma que ela se torne mais leve, eficaz e adequada às necessidades atuais da nossa categoria, propondo mudanças diretamente aos poderes executivo e legislativo. Participamos de audiências públicas que envolvem a profissão de músico no Congresso Nacional e trabalhamos ativamente na criação da FENAMUSI (Federação Nacional dos Músicos), obtendo, inclusive, apoio internacional para esta empreitada.

Diante dos fatos recentes, urge que nossos esforços políticos estejam ainda mais focados na revisão da Lei do Músico, fruto de conquistas históricas da classe musical pela valorização e reconhecimento da profissão.

Estamos em tempo de grande expansão da área cultural, em que a música e o músico brasileiro ocupam posição de destaque.Precisamos de regulamentação específica. Vamos discutir como o registro profissional dos músicos passará a ser tratado daqui para frente.

Nossa proposta é que o registro passe a ser feito no MTE - Ministério do Trabalho e Emprego, como no caso dos Artistas e Técnicos, conforme estabelecido na Lei 6.533/78.


















quinta-feira, 28 de julho de 2011

Dia do Jongo é comemorado com audiência, apresentação e emocionante homenagem à Tia Maria da Serrinha

Filme, debate, homenagem à Tia Maria da Serrinha e grande roda: a comemoração do dia estadual do jongo, 26 de julho, organizada pela Comissão de Cultura da Alerj, reuniu mais de 400 pessoas na sede do Ministério da Cultura (MinC) e emocionou os presentes. “Esta atividade mostrou a articulação dos jongueiros, na luta pela preservação e valorização cultural dessa importante expressão fluminense. O jongo faz parte de nossa história, representa a resistência dos povos escravos, a alegria e a força da tradição oral, tão viva nos quatro cantos de nosso estado”, afirmou o Deputado Robson Leite, presidente da Comissão de Cultura.

A audiência foi aberta com a exibição do filme “Passados Presentes”, produzido pelo Pontão do Jongo e pelo LABHOI/UFF, apresentado pela Professora Martha Abreu, da UFF. Em seguida, um debate sobre políticas de valorização do jongo e da cultura popular reuniu jongueiros, acadêmicos e poder público.

Rogério da Silva, representante do noroeste do estado, puxou um jongo para abrir a atividade e homenageou Robson, presenteando-o com um quadro assinado pelos jongueiros da região. Em seguida, Délcio Bernardes, representante da Costa Verde, tomou a palavra e destacou a necessidade de combater todo o preconceito e o racismo, ainda muito vinculado ao jongo: “Só teremos um país livre quando tivermos nossos direitos garantidos. Precisamos ocupar os espaços e construir com nossas próprias mãos um país democrático de fato”.

Antonio Nascimento Fernandes, do Jongo de Pinheral, lembrou a necessidade de verificação junto ao INCRA dos processos das comunidades quilombolas, movidos por diversos grupos jongueiros. Muitos ainda lutam pelo reconhecimento de suas origens, e pelo direito à terra previsto constitucionalmente.

Dyonne Boy, do Jongo da Serrinha, expôs a dificuldade enfrentada pela comunidade para a construção de uma sede própria, que pretende ser um grande centro cultural. Marcos André Carvalho, jongueiro e coordenador de Economia Criativa da Secretaria de Estado de Cultura, foi além: “Todos os grupos precisam de um centro cultural. O problema é maior para as comunidades do interior, que são mais pobres, e onde as secretarias de cultura também não contam com muitos recursos. O poder estadual deve colaborar”. Marcos ressaltou também a importante luta para que os mestres de cultura popular tenham acesso à aposentadoria.

Eva Lucia, de Barra do Piraí, pediu ajuda da Comissão de Cultura da Alerj na interlocução com as prefeituras: “Muitas comunidades enfrentam dificuldades no reconhecimento pelos governos municipais. Precisamos dessa valorização na base, afinal a prefeitura é o veículo público que está mais próximo de nós”.

Carlos Fernando, superintendente do IPHAN no Rio, lembrou de outro significado da data: “Hoje, que também é o dia de Sant’Anna, na tradição católica avó de Jesus, dedico a minha fala a essas velhas mulheres que transmitem de geração a geração nosso patrimônio imaterial. Sant’Anna abraça o jongo e todo nosso patrimônio histórico”.

André Diniz, chefe da representação do MinC no Rio de Janeiro, Rodrigo Nascimento, representante regional da Fundação Cultural Palmares, Claudia Márcia Ferreira, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Deborah Cheyne, presidenta do Sindicato dos Músicos RJ, Roberto Ponciano, presidente do SISEJUFE, e dezenas de grupos jongueiros, inclusive de outros estados, também estiveram presentes, demonstrando seu apoio, expondo suas pautas e lutas.

Robson encerrou o debate afirmando trabalhar para que seu mandato e a Comissão de Cultura, que preside, sejam parte de um grande projeto de empoderamento popular e radicalização da democracia: “E não dá pra falar neste projeto sem citar Paulo Freire e Augusto Boal, que enxergaram a cultura como instrumento de emancipação. É nesse sentido que hoje entregamos essa Medalha Tiradentes à Tia Maria, grande exemplo de luta em prol da valorização e disseminação da identidade e da cultura popular fluminense”.

Conduzida a frente do auditório, aos 90 anos Tia Maria recebeu das mãos de Robson a maior comenda do estado do RJ, por seu incansável trabalho de preservação do Jongo. Emocionada, não deixou de agradecer Mestre Darcy, pioneiro na retomada e difusão do jongo na Serrinha e no estado.

Em seguida, uma grande roda de jongo se formou nos pátios do Palácio Capanema. Entre os jongueiros, destacava-se a presença de Tia Maria, que carregava no peito a medalha recebida. Veja as fotos da atividade aqui.

Fonte: Marcela Baptista - Assessoria de Comunicação do Deputado Robson Leite




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