sexta-feira, 25 de março de 2011

Ministra da Cultura se reúne com representantes do sindicato dos músicos do Rio de Janeiro


Reformulação e adaptação do Sistema de avaliação dos músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira. Essa foi a principal reivindicação da presidente do Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, Débora Cheyne, durante encontro com a ministra da cultura Ana de Hollanda na tarde desta quinta-feira, 24 de março, em Brasília.

Segundo a representante da instituição a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira (FOSB) instituiu um programa de avaliação com um repertório em que a música brasileira não é valorizada. “Tirando Villa-Lobos, não há mais nada que valorize a rica criação brasileira”, disse Débora Cheyne.
Segundo a categoria isso traz prejuízos aos músicos nacionais. “De 79 músicos, 44 não fizeram a avaliação e estão ameaçados de serem demitidos. Não somos contra a avaliação, mas devemos e procuramos aperfeiçoá-la, para o bem da cultura brasileira e da própria orquestra”
A ministra Ana de Hollanda foi informada de que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi sensível ao tema e se encarregou de nomear uma pessoa para intermediar a construção de um novo processo de avaliação que contribua para o crescimento da Orquestra e não prejudique os músicos.
“Falarei com o ministro Lupi e procurarei uma forma de auxiliá-lo nessas tratativas. A música de concerto é importantíssima para o país e, portanto, precisa ser valorizada. Também falarei com o presidente da Funarte, Antonio Grassi, para que fique atento aos andamentos da questão e, se possível, destaque alguém do corpo técnico para acompanhar de perto a evolução dos acontecimentos”.
O encontro realizado em Brasília, no gabinete da ministra, contou com a participação do diretor do sindicato, Antônio Augusto e do presidente da Comissão de Músicos da OSB, Luzer David Machtyngier.
(Texto: Marcos Agostinho, Ascom/MinC)
(Fotos: Marina Ofugi, Ascom/MinC)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Após mesa-redonda com SindMusi e MTE, Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira congela ameaças de demissões aos músicos


O Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio de Janeiro (SindMusi) participou de uma mesa-redonda na tarde de quinta-feira (17), no centro do Rio, com representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira para reverter às penalidades aplicadas aos músicos que faltaram à avaliação de desempenho e as ameaças de demissões. Os músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) realizaram uma concentração em frente ao prédio do MTE enquanto era realizada a mesa-redonda.
“É a primeira vez que o sindicato e a Fundação OSB dialogam de fato. Acredito que isso seja muito representativo”, disse a presidente do SindMusi e 2ª vice-presidente da CGTB-RJ, Déborah Cheyne, informando que as penalidades aplicadas aos músicos que faltaram a avaliação de desempenho foram congeladas até pelo menos 23 de março, dia que acontece a próxima mesa-redonda, também no Ministério do Trabalho. Além disso, a Fundação OSB concordou em não aplicar mais penalidades até essa data.
O SindMusi propôs revogar todas as punições, rever o PDV em conjunto (Administração, Comissão de Músicos e Sindicatos) e elaborar, também em conjunto, um projeto de aprimoramento e a reavaliação dos músicos. “O Sindicato avaliou o resultado de maneira positiva uma vez que a possibilidade de demissão foi congelada ao menos por sete dias. Houve uma abertura para a negociação, o que não vinha ocorrendo desde o início do imbróglio. Podemos considerar isso como um ganho”, avaliou Déborah.
Assembleia
Após a mesa-redonda foi realizada uma assembleia na sede do SindMusi, onde houve uma participação expressiva com os músicos da OSB e foi debatido tudo o que ocorreu desde a última segunda-feira feira até a quinta-feira. “Ficamos com uma avaliação positiva houve um ganho e o SindMusi manteve a firme posição que é preciso exaurir toda possibilidade de negociação para tentar garantir a não demissão de nenhum músico. A mobilização dos músicos é bastante forte e ainda que saibam que existe a possibilidade de demissão por justa-causa os músicos se mantém fortemente mobilizados”, falou Déborah.
Uma nova assembleia está marcada para o próximo dia 23 logo após a mesa-redonda no Ministério do Trabalho.
Histórico
Em janeiro a Fundação OSB enviou um comunicado avisando que todo corpo orquestral seria submetido a uma avaliação interna, em curto espaço de tempo. Os músicos se insurgiram contra o processo de avaliação quando os detalhes foram divulgados nas últimas semanas, revelando que a avaliação de desempenho consiste na execução pelos músicos de peças que demandariam meses de preparo para a execução individual.



quinta-feira, 10 de março de 2011

Receita alerta para carta falsa


Em nome do Fisco, correspondências pedem que contribuintes atualizem seus dados

Rio - Um alerta foi feito ontem pela Receita Federal para que os contribuintes tenham cuidado e não sejam vítimas de fraudes. O Fisco informou que correspondências falsas têm sido enviadas para as casas das pessoas solicitando que elas atualizem seus dados cadastrais.
Em comunicado, a Receita informou que “todos os anos, principalmente durante o período que antecede a entrega de declarações, surgem vários tipos de denúncias onde falsários se fazem passar por servidores da Receita Federal para tentar extrair dados fiscais, bancários ou de outra natureza que venham expor a vida privada dos cidadãos”.

Segundo o Fisco, os contribuintes que necessitam alterar, regularizar ou consultar os cadastros podem acessar o www.receita.fazenda.gov.br, e procurar o portal e-CAC, que é o Centro Virtual de Atendimento do órgão. Lá, serviços são utilizados apenas pelo contribuinte ou seus procuradores, mediante utilização de código de acesso ou certificado digital. Há também a possibilidade procurar uma das unidades da Receita.

Fonte: Terra

Sindicato dos Músicos do Rio quer revisão de valores pagos por blocos ao Ecad

Em defesa da discussão dos valores que devem ser pagos pelos blocos de carnaval ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), o Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro pede transparência na definição dos critérios de cobrança pela exibição pública de músicas.

O sindicato esclarece que é a favor do pagamento das taxas pelos blocos, principalmente daqueles que recebem patrocínio. Mas avalia que falta transparência e diálogo com o Ecad no estabelecimento dos critérios de arrecadação e distribuição.

"O pagamento é razoável, mas a cobrança é arbitrária e não chega no autor. Os blocos sabem disso", afirma um dos diretores, Alexandre Negreiros., que é doutorando em Gestão Coletiva em Direitos Autorais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

De acordo com Negreiros, não há divulgação das regras pelo Ecad. "Duvido alguém encontrar no site [do Ecad] o critério de cobrança do carnaval."

Em 2010, o órgão recolheu R$ 13,7 milhões - 25% a mais que em 2009 - e dividiu o montante entre 7 mil artistas. Para 2011, é esperado um aumento entre 15% e 20% na arrecadação. Em relação à distribuição, o orgão informa que contratou 180 funcionários para fazer a audição do carnaval por amostragem e determinar quem deverá receber os direitos.

O gerente executivo de arrecadação do Ecad, Márcio Fernandes, afirma que todos os critérios de arrecadação são definidos em assembleias, com base em experiências nacionais e internacionais. "O Ecad foi criado por lei para fazer esse trabalho. Nosso regulamento está no nosso site". Segundo ele, a cobrança aos blocos é proporcional ao custo dos desfiles, mas pode ser negociada.

A discussão sobre o Ecad é um dos temas do projeto de revisão da lei de direitos autorais do Ministério da Cultura. Para justificar mudanças no documento, o órgão avalia necessidade de discutir com a sociedade as regras de funcionamento das associações de gestão coletiva.

Fonte: Agência Brasil - Rio de Janeiro 

Elas estão com tudo

Esqueça aquele conceito de que a mulher é o “sexo frágil”. Com a experiência adquirida em conciliar várias atividades como mãe, esposa e ainda administrar os afazeres domésticos, as mulheres têm alcançado vôos cada vez mais altos na sociedade e, é claro, no mercado de trabalho. A eleição da primeira presidenta do país, Dilma Roussef, só veio comprovar que quebrar paradigmas e assumir novos desafios é com elas mesmo.

Outro fator que explica a maior participação da mulher no cenário atual é o fato de elas serem encaradas como agentes importantes na complementação de renda da casa, atuando, em muitos casos, como chefes de família. É o que comprova uma análise feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad). De acordo com o estudo, o número de famílias chefiadas por mulheres aumentou nos últimos nove anos e subiu de 27%, em 2001, para 35%, em 2009, o que representa um total de 21.933.180 famílias sustentadas por mulheres.

A maior participação feminina no mercado de trabalho também se refletiu em um aumento no número de planos de previdência complementar. Há cinco anos, a participação das mulheres no mercado de previdência era de apenas 35% dos planos. Atualmente, este número gira em torno de 44%.

Só para se ter uma ideia, entre 2008 e 2009, o número de mulheres que possuem Planos administrados pela Petros cresceu em 11,05%. De 2009 para 2010, este número saltou para 25,36%.

Na opinião da atuária da Petros, Alice Burlamaqui, esse número ainda deve crescer, nos próximos anos. “As mulheres pensam muito no futuro da família e esta característica também se reflete, no momento de fazer um Plano de Previdência. Elas fazem não só para si, mas também para o cônjuge e os filhos”, explica Alice.

Atualmente as mulheres correspondem a 53,1% do quadro de funcionários da Petros. Assim como elas, a Petros sabe muito bem como cuidar do futuro de seus participantes: com a solidez e credibilidade necessárias para que mulheres e homens, no momento da aposentadoria, possam investir na realização de seus sonhos e preservar a qualidade de vida que tanto almejam.

Apesar de a representação feminina no Brasil estar longe do que a ONU considera razoável, entre 40 e 60%, o país vem melhorando os índices paulatinamente. Em 2010, foram eleitas 137 deputadas estaduais e distritais: um aumento de 12,93% em relação a 2006. Já o índice das deputadas federais permaneceu em 9%, o mesmo registrado em 2006.

De acordo com o sociólogo Fabio Queiroz, mestrando em Educação, Comunicação e Cultura pela Faculdade de Educação da Baixada da UERJ (FEBF), a democracia se torna, de fato, “mais democrática”, quando determinados grupos que antes não tinham espaço, como mulheres ou negros, conseguem ocupar posições estratégicas do ponto de vista da visibilidade.

- Com a eleição de Dilma, a forma como a história será escrita valorizará também as mulheres, o que configura um redimensionamento da visão de mundo de nossa sociedade.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Música clássica ganha público em casa noturna da Lapa

Concertistas se apresentam às terças-feiras de março, no Lapinha, reduto da boemia carioca

Que tal tomar um drink com amigos numa casa de shows da Lapa e saborear um aperitivo ouvindo... Mozart? Pois nem só de pandeiro e cavaquinho vive a noite musical carioca. A partir de março, o coração boêmio da cidade também vai bater ao som de violinos, violoncelos e oboés.
Tocar um repertório clássico em bares noturnos virou moda em capitais mundiais da cultura como Londres, Berlim e Nova Iorque. No Rio de Janeiro, por meio da curadoria de Marcelo Caldi, o Lapinha (Av. Mem de Sá, 82 – sobrado) receberá atrações visando criar novos públicos e reaproximar os velhos fãs da música de concerto. Os encontros ocorrem às terças-feiras (01, 15, 22 e 29/03), às 21h.

Programação

O bloco “Feitiço do Villa”, formado por músicos de veia erudita, faz seu primeiro ensaio aberto ao público no dia 1º, quando irá cantar a marchinha homônima, de autoria de Edino Krieger e de seu filho Edu Krieger (mais informações em www.feiticodovilla.blogspot.com). Villa-Lobos será homenageado ainda em 15/03 pela pianista Maria Teresa Madeira, uma das maiores intérpretes de sua geração. Reconhecida por trazer à luz os grandes compositores do início do século XX, Maria Teresa celebra nesse concerto de piano solo outro gênio: Ernesto Nazareth, também nascido no mês de março, dia 20.

Os Democlássicos são a atração do dia 22/03. O objetivo do grupo, idealizado pelo Instituto Vivamúsica!, é justamente se apresentar em palcos onde a música clássica jamais subiu, numa iniciativa premiada pelo Circuito Funarte 2010. O repertório reunirá Mozart, Radamés Gnattali, Benjamin Britten, Wagner Tiso e até Radiohead. O quarteto de câmara é formado por Felipe Prazeres (violino), Ivan Zandonade (viola), Marcus Ribeiro (violoncelo) e Carlos Prazeres (oboé).

A temporada se encerra em 29/03 pelo curador Marcelo Caldi juntamente com sua mãe, a pianista argentina Estela Caldi. Ambos integram o grupo LiberTango, dedicado à música portenha. Estela também é reconhecida pela interpretação de peças brasileiras, tendo gravado o disco “Villa-Lobos por Estela Caldi”. Nesse concerto, mãe e filho tocam peças de piano a quatro mãos, com arranjos e composições de Guastavino, Schubert, Bach, Bizet e Tchaikovsky.

Curadoria

Desde que assumiu a curadoria do Lapinha às terças-feiras, há cerca de nove meses, Marcelo Caldi vêm obtendo casa cheia realizando shows que, em princípio, não chamariam a atenção das pessoas na Lapa. Em 2010, organizou uma mostra de música livre instrumental e um festival de grupos vocais, além de promover temporadas com jovens compositores que dificilmente encontrariam espaço em lugares tradicionais do Rio de Janeiro. “É a prova de que precisamos investir cada vez mais em nossa qualidade musical, pois temos público de sobra para isso”, conclui o artista.

Serviço

Às terças-feiras, de 01 a 29/03 (exceto dia 08), às 21h.
01/03 – Festa do Bloco Feitiço do Villa (couvert - R$ 5. Estarão à venda camisetas do Bloco)
15/03 – Maria Teresa Madeira (couvert - R$12)
22/03 – Democlássicos (couvert - R$12)
29/03 – Marcelo Caldi & Estela Caldi (couvert - R$12)
Lapinha – Av. Mem de Sá, 82, Lapa.
Lotação: 122 lugares

Mais informações: Fernando Gasparini - analista de comunicação
(21) 9930-6228 / (21) 3596-6228 - fernandogasparini@yahoo.com.br
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