Aconteceu nos últimos dias 25 e 26 de novembro, no Museu da República, no Catete, seminário de comemoração dos 80 anos do Ministério do Trabalho e Emprego. O encontro reuniu pesquisadores, historiadores e lideranças sindicais que, entre outras coisas, debateram a herança deixada por Getúlio Vargas e as recentes relações entre Estado e os diversos sindicatos.
O evento contou com a presença do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e marcou o lançamento do selo comemorativo de 80 anos. A primeira apresentação do seminário, foi do jornalista José Augusto Ribeiro,autor do livro ‘A Era Vargas’. As historiadoras Rosa Maria Barboza de Araújo e Marilena Ramos proporcionaram um excelente debate com ele, enriquecendo de informações os presentes.
Ainda na quinta-feira, o presidente da CGTB, Antonio Neto, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sergio Nobre , falaram sobre a redemocratização pós-guerra, o segundo governo de Getúlio Vargas, a aparição do sindicalismo e o fim da ditadura militar.
A presidente do SindMusi, Déborah Cheyne, esteve presente no evento e considerou a ocasião muito proveitosa: ‘’ Neto discorreu sobre os principais méritos do governo Vargas que deram ao país um salto na credibilidade interna e externa. Além dos ganhos trabalhistas, que ainda hoje são vigentes e primam pelo benefício do trabalhador, como a CLT, a criação da justiça do trabalho, a liberdade de organização sindical entre outros, Vargas criou ícones da indústria nacional como a FNM, CSN, Petrobras etc. Citou trechos de entrevistas dadas por Vargas onde revela-se a propriedade de “homem visionário”. Há citação onde Vargas afirma que um dia este país será governado por um trabalhador. Este foi o elo que Neto aproveitou para trazer para o cenário atual, em tom comparativo, o resultado das ações do presidente Lula. Ambos fortaleceram a indústria nacional, elevaram a auto-estima do trabalhador brasileiro e lapidaram o conceito de soberania nacional.
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